domingo, 30 de junho de 2013

O Crescimento da Intra logística no Brasil


Em um cenário econômico cada vez mais competitivo, as empresas precisam ser eficientes em todos os seus processos para evitar perdas e otimizar custos. A intralogística, definida como a movimentação de materiais dentro dos armazéns, unidades fabris e centro de distribuições, é um dos setores que muito contribuem para a busca da competitividade.
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De acordo com Eduardo Banzato, diretor da IMAM Consultoria, a falta de conscientização em relação às perdas relacionadas com a intralogística é um dos desafios que o setor enfrenta no Brasil. Por serem considerados outros tipos de custos operacionais, as perdas podem representar até 25% dos gastos com as operações de uma organização. Além de empilhadeiras, a intralogística compreende engloba também provedores de serviços, sistemas de automação e estocagem, tecnologia da informação e outros processos.
Visando debater os gargalos e as oportunidades da intralogística no Brasil, a 28ª edição da MOVIMAT, que será promovida entre os dias 17 e 19 de setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo (SP), colocará em questão os desafios do setor e trará as últimas novidades e tendências mundiais na área.
“O setor de intralogística é ainda pouco valorizado pelas organizações no geral, pois ainda não é visto como uma possível solução para os problemas de infraestrutura do Brasil. Essa visão acaba impossibilitando o desenvolvimento de facilidades e benefícios governamentais que incentivariam o desenvolvimento do setor”, afirma Banzato.
O consultor avalia que à medida que o mercado investir no planejamento das operações logísticas, em um nível de profundidade que considere as soluções de intralogística, as cadeias de suprimentos serão mais competitivas mundialmente. Para isso, a necessário investir não somente em automação e tecnologia, mas também na qualificação profissional.
“Muitas das oportunidades oferecidas pelo setor são decorrentes de análises e estudos mais aprofundados, que demandam conhecimentos em estatísticas, pesquisa operacional e outros assuntos que são esquecidos na formação profissional”, ressalta Banzato.
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Pesquisas apontam que uma empresa que investe em intralogística tem uma visão mais clara de seus custos operacionais, identificando onde e quando investir em soluções, além de possibilitar à companhia compreender o real papel dos profissionais em cada atividade realizada e assim gerar produtos e serviços com mais qualidade e maior produtividade.
Para Banzato, o momento da intralogística no Brasil é de desenvolvimento contínuo e maiores investimentos em soluções e tecnologias, além de importar conhecimentos de mercados onde o setor já possui maior importância, principalmente na área de desenvolvimento profissional da mão de obra.
“É necessário criar oportunidades para que a comunidade profissional envolvida na área possa se encontrar e debater as questões referentes à intralogística no país. A MOVIMAT, por exemplo, é uma boa oportunidade para essa troca de informações, pois os envolvidos na feira trazem consigo uma série de conhecimentos relacionados à área, além de visualizar soluções e novidades disponíveis ao mercado brasileiro”, finaliza o diretor da IMAM Consultoria.
MOVIMAT, promovida pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, será realizada simultaneamente à Transporte & Logística Brasil, VUC Expo e Conferência Nacional de Logística. A empresa conta com um amplo portfólio de eventos na área de transporte e logística pelo mundo. Promove em Paris, na França, os eventos Sitl Europe, Supply Chain Event, Eco Transport & Logistic, Intralogistics Paris e Sitl Logistics Solution. Na Índia, realiza os eventos India Warehousing Show e India Transport & Logistica Show, em Nova Délhi e India Cold Chain Show, em Bombaim. A Reed Exhibitions é responsável ainda pelo Supply Chain & Transportation USA, em Atlanta (EUA) e Material Handling, em Bangok (Tailândia).
Mais informações:
28ª Movimat – Feira Internacional de IntralogísticaData: 17 a 19 de setembroLocal: Expo Center Norte – São Paulo (SP)www.expomovimat.com.br

Rob Peletizador Manuseia Engradados de Bebidas


No centro da cidade localiza-se a Cervejaria Mohren, que mal consegue se ampliar pela superfcie, precisa de espao para a armazenagem de sete mil engradados adicionais. Para tanto, a rea de manuseio dos engradados deve ser ainda mais reduzida. Uma nova soluo para manuseio de engradados devia substituir o peletizador de camadas utilizado ate o momento .

Realizo / Soluco
Rob paletizador manuseia engradados de bebidas
Robo paletizador manuseia engradados de bebidas

A deciso foi por uma instala extremamente compacta com dois rob KUKA KR 180 PA, que por sua flexibilidade permite tambm mais espao livre para alteraes. exceto da parcela de cerveja de barril de 35%, toda a quantidade de cerveja produzida da Cervejaria Mohren ocorre por meio dos robs de paletizado. Cada rob alcana uma capacidade de manuseio de 36 mil garrafas por hora.

Os engradados com garrafas cheias seguem em um sistema transportador em cadeia para a posio de coleta dos robs. O KR 180 PA recolhe com sua pina em forma de garra, colocando-se nas duas aberturas laterais da caixa, quatro caixas por vez e as leva para um europalete. Quando esse palete estiver cheio, ela segue sobre uma esteira rolante para uma estao de mudana de posio, que serve como local coleta dupla para empilhadeira.
No lado esquerdo da celula, outro rob despaletiza com sua pina de aperto sempre ao mesmo tempo quatro engradados que retornam vazios. O KR 180 PA pode tambm elevar engradados cheios, que s vezes se encontram entre os engradados vazios. Se a garra de aperto se fecha demais, pois uma caixa falta ou esto quebrada, o rob se determina. Alem disso, a pina compensa por molas integradas as altas diferenas que resultam das tolerncias nos engradados e paletes. Se os desvios forem muito grandes, o rob tambm se desliga automaticamente. O KR 180 A coloca o engradado vazio sobre o transportador em cadeia articulado para o envase no andar superior da cervejaria. O palete vazio transportado do carro de transporte para o deposito de paletes ou para o rob carregado




domingo, 21 de abril de 2013

Seminário Gestão Logística e de Supply Chain On-Line



14 de maio - EVENTO ON-LINE

O Evento Gestão Logística e de Supply Chain


O Seminário Gestão Logística e de Supply Chain levará aos participantes uma ampla visão 
sobre os pilares da Logística e da cadeia de suprimentos, abordando exemplos práticos de 
planejamento e aplicação dos mais recentes e efetivos conceitos e ferramentas de gestão. 
Oportunidade imperdível para gestores e analistas de logística e operações se 
encontrarem e debaterem com os mais conceituados especialistas da área.
O formato de eventos on-line permite que palestrantes e participantes se encontrem, 

interajam e debatam, independente de onde estejam fisicamente. Tudo através de um 
computador, tablet ou smartphone conectado à internet.

Temas a serem tratados no evento: Custos, Indicadores de Desempenho, Soluções 
para o Transporte Rodoviário de Cargas, Estoques e Terceirização.

O Formato On-line

Por meio de uma “sala virtual” você, participante, visualiza a apresentação e ouve o
palestrante, ao vivo, em tempo real. E também pode interagir, a qualquer momento, enviando 
perguntas ou fazendo comentários. Tudo isso sem abandonar o seu ambiente de trabalho, 
enfrentar trânsito, ou mesmo viagens e aeroportos para participar do evento. Basta fazer a 
sua inscrição e se conectar.
Além disso, se no dia do evento você não puder estar presente, tudo ficará gravado para
 você assistir posteriormente quando e quantas vezes quiser. Isso permite uma excelente 
relação custo-benefício para participação nos eventos do seu interesse!

Como funciona um evento on-line, a distância?


Os eventos on-line da Revista MundoLogística funcionam como se fossem eventos presenciais,
 entretanto palestrantes e ouvintes encontram-se conectados através da Internet. É como se 
estivessem em uma sala onde o palestrante fala, e todos os ouvintes escutam a voz do
 palestrante e vêem sua apresentação. Assim, para os participantes, basta que estejam 
em um computador ou tablet, com conexão com a internet e caixas de som/fone de ouvido.
Para interagir com o palestrante os participantes podem enviar suas perguntas através de
 um chat disponível na plataforma.
Depois da inscrição no evento o participante receberá por email uma confirmação e um outro
 email com um link que a sala onde ocorrerá o evento. No dia do evento basta acessar esse
 link na hora marcada e lá estarão todos os outros participantes e os palestrantes. É importante 
não compartilhar esse email com mais niguém pois cada email com um link dá direito a 
participação de 1 pessoa e portanto se o link for compartilhado apenas o primeiro que entrar 
na sala assistirá ao evento.
A partir deste momento o evento estará acontecendo para todos os inscritos.
A plataforma de evento é instalada na hora de acesso ao link e é um programa muito simples 
e leve que executa em qualquer computador ou tablet.

E se eu fizer minha inscrição e no dia do evento ocorrer um imprevisto?


Caso você faça a inscrição no evento e não possa assistir ao evento ou até mesmo uma das 
palestras durante o evento, não se preocupe.
Todas as palestras do evento serão gravadas e estarão disponíveis posteriormente para todos
 os inscritos assistirem quando e quantas vezes desejarem. É mais um benefício de um evento
 on-line.


Ainda tem dúvidas?


Entre em contato conosco pelo email gestaologscm@mundologistica.com.br ou pelo telefone 
(41) 3029-9353.

Publico alvo


O evento Gestão Logística e de Supply Chain foi concebido para atender a todos os 
profissionais de alguma forma precisam gerenciar operações logísticas. Sabe-se que a tarefa 
é complexa e que muitas competências e conhecimentos são necessários para fazer uma 
gestão logística e da cadeia de abastecimento com sucesso.
Assim o evento tem como público alvo:

- Diretores de Logística e Supply Chain
- Gerentes de Logística e Supply Chain
- Coordenadores de Logística e Supply Chain
- Consultores
- Entre outros


Inscrições pelo site:http://www.revistamundologistica.com.br/portal/gestaologscm.shtml

Logística Lean para aumentar a eficiência das empresas

José Roberto Ferro
 José Roberto Ferro é Presidente do Lean Institute Brasil (www.lean.org.br), entidade sem fins lucrativos criada para disseminar no Brasil o Sistema Lean, inspirado no Modelo Toyota e é "Senior Advisor" do Lean Enterprise Institute - EUA.






Ao adotar conceitos do Sistema Lean na logística, como Sistema Puxado, Milk Run e Rotas de Abastecimento, entre outros, grandes empresas que atuam no Brasil e no mundo - como Bosch, Volks, Schulz e Stihl - estão ganhando mais espaço para produção em suas plantas, aumentando, é claro, a eficiência, a produtividade, além de diminuírem custos, estoques e paradas nas linhas.
Elas estão ficando muito mais eficientes ao aplicar, tanto na logística interna como na externa, os conceitos dessa filosofia de produção inspirada no modelo Toyota que também gera resultados fantásticos para esse setor tão estratégico dos negócios: a logística.
Com isso, estão descobrindo que "ser lean" também na logística pode se tornar um hiper diferencial competitivo neste mercado globalizado, principalmente na atual fase brasileira, em que o crescimento econômico acelerado dos últimos meses vem expondo cada vez mais as carências crônicas da nossa infra-estrutura nacional - o que, é claro, atinge os negócios das empresas.
A Bosch de Campinas, por exemplo, já conseguiu uma série de resultados positivos e concretos ao implementar o Lean na logística interna de produção - modelo que foi detalhado em agosto, em São Paulo (SP), no Lean Summit 2010, por Narciso D. Fontana, Engenheiro de Logística e Coordenador de Projetos da Robert Bosch, na palestra "Aumentando a produtividade e a eficiência do sistema de abastecimento".
Entre os principais resultados, está a diminuição de materiais nas linhas de montagem e no almoxarifado de aproximadamente 2 dias para cerca de 2 horas. Além disso, a empresa conseguiu diminuir paradas nas linhas por falta de material de aproximadamente 2 vezes por dia para "casos isolados".
É que a Bosch criou um sistema de mensuração da eficiência das rotas de abastecimento, que estava em 60%, mas cujo indicador já atingiu o patamar dos 98%, com ganho significativo de benefícios, tanto para a logística como para a produção.
No abastecimento à fábrica, por exemplo, a empresa estabeleceu o sistema "On Time Delivery (OTD)", que significa "a peça certa", no "lugar certo", na "qualidade certa", "no tempo certo".
Além disso, a Bosch também implementou na logística uma das bases do Sistema Lean: o Trabalho Padronizado. A empresa acredita que, com isso, permite tornar visíveis dificuldades e problemas, para então maximizar melhoria continua.
Nesse contexto, a empresa prepara os ciclos de abastecimento seguindo o modelo Lean denominado "Milk Run" - método que acelera o fluxo de materiais, no qual os veículos seguem uma rota para fazer múltiplas cargas e entregas em muitas unidades diferentes. Isso permite aos operadores/almoxarifes uma rápida configuração para abastecimento, para então abastecer os operadores nas linhas de produção.
A empresa utiliza ainda uma série de equipamentos e processos tipicamente Lean, planejados sob medida para otimizar a logística. Um exemplo é a "Requisição e Entrega de materiais via Rádio Freqüência & Código de Barras". Funciona assim: O "milkrunner" envia a ordem de transferência para o almoxarifado (via kanban, por meio de código barras). Depois, a ordem de transferência é confirmada pelo almoxarife. Em seguida, o almoxarife separa o material para o milk run e dispõe na carreta. Por fim, o milkrunner checa e envia os materiais para as linhas de montagem.
A Bosch também implementou na logística algumas das principais ferramentas Lean. Por exemplo, o Mapeamento do Fluxo de Valor, um diagrama que permite detalhar todas as etapas envolvidas nos fluxos de material e informação necessárias para tornar a operação eficiente de ponta a ponta; o A3, prática pioneira da Toyota, na qual problemas, análises, ações corretivas e planos de ação são escritos em uma única folha de papel (tamanho A3), normalmente utilizando gráficos e figuras; além da folha de Solução de Problemas (FSP) e o PDCA, sigla dos termos Plan, Do, Check e Act, que significa efetuar um ciclo de melhorias baseado no método científico de se propor uma mudança em um processo, implementar essa mudança, analisar os resultados e tomar as providências cabíveis. O objetivo de tudo isso é promover a identificação e eliminação de desperdícios na cadeia logística. A idéia foi tornar visíveis os problemas ocultos, para então eliminar as causas raízes.
Narciso D. Fontana, Engenheiro de Logística e Coordenador de Projetos da Bosch, explicou que a empresa estabeleceu uma "visão logística" para 2012, que é "ter uma Logística Lean no Fluxo Logístico desde os clientes até os fornecedores, assegurando: 1- Sistema puxado e nivelado em toda cadeia logística; 2- Volume reduzido de componentes no fluxo logístico através de entregas freqüentes e padronizadas; e 3- Processos simples e robustos".
Logística externa:
A Bosch também conseguiu uma série de resultados concretos positivos ao implementar o Sistema Lean na logística externa - segundo detalhou também em agosto, em São Paulo, no Lean Summit 2010, Valdir Trevizanutto, Engenheiro de Logística e Coordenador de Projetos da Roberto Bosch, na palestra "Aumentando a produtividade inbound e outbound".
Nesse contexto, a empresa adotou, por exemplo, dois sistemas fundamentais do Sistema Lean: O "Sistema Puxado", com o qual conseguiu reduzir o estoque em 30%, e o "Milk Run", que garantiu uma redução de gastos com fretes de 43%.
O Sistema Puxado ocorre quando a entrega do fornecedor é totalmente adaptada às necessidades do cliente; e o "Milk Run", como já foi dito, típico sistema de logística Lean, é aquele em que o cliente é que retira o material no fornecedor, diferente da logística tradicional, na qual são os fornecedores que, individualmente, entregam seus produtos.
No Sistema Lean do Milk Run a logística se torna um processo planejado nos mínimos detalhes, para funcionar feito um relógio suíço. Na Bosch, por exemplo, explicou Valdir Trevizanutto, o "Milk Run" tem as seguintes características: horários de coletas e entrega fixos, frequências de coleta fixas e quantidade acordada de peças previamente definida entre as partes. E apenas um veículo por rota é utilizado para fazer a coleta nos fornecedores.
Vale lembrar que, no ano que vem, a Bosch deve apresentar seu case de logística no "Seminário Logística Lean", que vai ocorrer dia 22 de março, em Campinas (SP), promovido pelo Lean Institute Brasil (www.lean.org.br).
Volks:
A fábrica da Volkswagen de Taubaté (SP) também já conseguiu uma série de resultados positivos ao implementar o Sistema Lean na logística interna, segundo também relatou, em agosto, em São Paulo, no Lean Summit 2010, Frank Sowade, Diretor de Fábrica da Volkswagen, e Elielson Marostiga, Superintendente Executivo da Engª Indústria & Onda PMP da Volks, na palestra "Abastecendo em kits para aumentar a produtividade".
Segundo ambos, com a logística Lean, a empresa obteve uma série de benefícios. Por exemplo, aumentou a produtividade em 9,8%, a produção de veículos por empregado em 7,2% e o volume de produção em 5,5%.
Tanto verdade que a fábrica da Volks de Taubaté é reconhecida hoje como exemplo de aplicação dos conceitos Lean dentro da montadora, cujo "sucesso Lean" teve como fator fundamental a aplicação desses conceitos na logística de abastecimento interno. Só para se ter uma idéia, hoje, as peças vão até o ponto de uso dentro da Volks em kits prontos para serem usados, evitando o acúmulo na área de montagem. Para otimizar sua logística interna, a empresa usa uma série de processos modernos, como "Raku-Raku", "Warenkorb", AGV (Auto Guided Vehicle), entre outros.
Schulz:
Também a Schulz já conseguiu uma série de resultados positivos ao implementar o Sistema Lean na logística, detalhou Bruno Luis Salmeron, Diretor de Operações, e Anderson Tomasi, Especialista em Lean Manufacturing, ambos da Schulz - Divisão Automotiva, em agosto, em São Paulo, no Lean Summit 2010, na palestra "O sistema de abastecimento interno autônomo".
Segundo eles, ao implementar rotas de abastecimento e sinais de puxada entre o almoxarifado e a usinagem, a empresa obteve uma série de ganhos: disponibilização de área física, eliminação tanto de estoque desnecessário dentro da planta como de paradas na produção, garantias no abastecimento, além de mais segurança e ergonomia. E não só: conseguiram estabelecer padronização nos horários, garantias na utilização do kanban e corredores desobstruídos.
A empresa implementou "Rotas de Abastecimento" na logística interna, visando melhorar o atendimento no abastecimento de peças brutas para usinagem automotiva.
O sistema "antigo e tradicional" era feito com movimentação de peças por empilhadeiras, o que, segundo a empresa, necessitava grande espaço para matéria-prima nas células (com baixo giro), gerando atraso nas entregas e falta de padrões.
Mas com a implementação da movimentação de peças por rotas de abastecimento, houve redução do espaço reduzido para matéria-prima nas células (proporcionando alto giro), além da eliminação do atraso nas entregas e padronização no atendimento as células.
Stihl:
E a Stihl também conseguiu uma série de resultados positivos ao implementar o Sistema Lean na logística, detalhou ainda Leonardo Pierozan, Gerente de Supply Chain da Stihl Ferramentas Motorizadas, em agosto, em São Paulo, no Lean Summit 2010, na palestra "Gestão integrada da cadeia de suprimentos".
Com uma logística tipicamente Lean, a empresa aumentou em 25% o giro dos estoques, diminuiu em 71% as paradas de linhas por falta de materiais e reduziu em 17% o custo logístico total.
A empresa conseguiu isso ao expandir a aplicação da filosofia lean para a logística de recebimento, pela implementação do sistema puxado e de rotas compartilhadas para fornecedores locais.
No nível de planejamento, a empresa criou uma sistemática com base no Tempo Takt, tempo disponível para a produção dividido pela demanda do cliente, definido no processo de S&OP (Planejamento de Vendas e Operações), que se tornou o norteador para o planejamento dos 3Ms: Máquina, Mão de Obra e Materiais.
Lean na logística: para "driblar" carências na infra-estrutura:
Iniciativas como essas - de Bosch, Volks, Schulz, Stihl e de tantas outras empresas que estão descobrindo as vantagens de se aplicar o Sistema Lean também na logística - podem se tornar um mega diferencial competitivo, por exemplo, frente aos já amplamente conhecidos problemas de logística do nosso país, gerados pelas debilidades das rodovias, ferrovias, portos, aeroportos, malhas viárias urbanas etc. e que causam congestionamentos em cidades, estradas, portos e aeroportos. Há também uma burocracia excessiva com a exigência de documentações desnecessárias. E nossos fretes para exportação e importação são muito mais caros que os padrões internacionais.
Essas ineficiências do país, já sabemos, causam altos custos, além de baixa produtividade e perdas de competitividade para a sociedade e para as empresas. E podem dificultar a continuidade das altas taxas de crescimento. A solução tradicional seria aumentar os níveis de investimento. Evidente! Mas isso é caro e demorado também. E as empresas não podem esperar.
Porém, podemos ir além da obviedade e pensar diferente. Ou seja, pensar "lean" na logística, como grandes empresas já estão fazendo. Se olharmos para esses problemas sob uma nova ótica, podemos vislumbrar soluções mais simples e eficientes, de resultados quase imediatos.
Se colocarmos óculos para poder enxergar a realidade dessa nova forma, vamos notar que há, por exemplo, frutos das empresas que ainda não descobriram a logística Lean, uma enorme quantidade de caminhões vazios ou carregados parcialmente nas estradas. Ou parados nas docas de expedição das empresas, esperando para carregar. Ou estacionados nas docas de recebimento, esperando para descarregar.
Nota-se ainda uma quantidade enorme de materiais aguardando para serem carregados em navios ou aviões que, por suas vezes, também ficam mais tempo parados do que precisariam ficar.
E, com freqüência, também se nota, de um lado, clientes esperando a chegada de produtos atrasados e, de outro, fornecedores que se apressam e se esforçam para entregar com atrasos - muitas vezes tendo de investir recursos extras para recuperar ou evitar contratempos.
Em resumo, se de um lado há carências evidentes na infra-estrutura do país, de outro, a infra-estrutura que existe é mal utilizada por companhias que insistem em utilizar aquele sistema tradicional de logística, pouco eficiente e caro.
Em outras palavras, é perfeitamente possível otimizar a nossa carente infra-estrutura existente sem nenhum investimento, mas com uma "simples" mudança no modo de pensar e de fazer a logística.
Entenda a mentalidade Lean aplicada na logística:
Mas como fazer? Antes de mais nada, é vital promover uma mudança de mentalidade: a premissa básica é reconhecer que as atividades de movimentação, transporte e espera de produtos são sempre "desperdícios". Ou seja, não agregam valor concreto ao produto oferecido. E, por isso, precisam ser evitadas, eliminadas ou reduzidas ao máximo.
Para se fazer isso, o Sistema Lean já desenvolveu uma série de práticas e ferramentas testadas e aprovadas em diferentes ambientes de negócios.
Por exemplo, o conceito de "entregas freqüentes", feitas sempre em "pequenos lotes", de acordo com as necessidades exatas e imediatas dos clientes, através de veículos de "tamanho certo". E programadas para ocorrer sempre direto no ponto de uso do produto, sem intermediários. Dessa forma, "sistemas puxados" substituem "sistemas empurrados".
Além disso, a logística lean precisa ter operações estáveis e padronizadas. E seguir o mais próximo possível o ritmo da demanda real.
E, ainda, a logística lean também deve funcionar sob um sistema que estimule a exposição e resolução de problemas, para que se faça, cotidianamente, os "kaizen" (melhorias) em todos os processos e atividades.
Apenas com isso, há uma série de ganhos. Por exemplo, na diminuição de estoques das empresas, eliminando-se assim boa parte dos custos embutidos na armazenagem e na movimentação de materiais. Ou na eliminação de "intermediários", que muitas vezes só agregam custos e poucos valores reais no processo. Dessa forma, almoxarifados custosos desaparecem ou se transformam em "cross-docks", locais de armazenamento rápido apenas utilizados para a transferência de produtos.
Então, quais são os resultados concretos freqüentemente encontrados? Há uma redução significativa dos custos totais de logística, de 20% a 40%, além de reduções de estoques, melhorias nos níveis de entrega, liberação de capacidade logística (caminhões, empilhadeiras, espaço físico etc.), entre outros benefícios.
Tudo isso seguindo sempre a mentalidade típica do Sistema Lean: que prega a simplificação contínua dos processos e dos fluxos, deixando-se de lado o típico pensamento tradicional da "gestão da complexidade", em que sistemas de informação cada vez mais complexos só servem para esconder falhas e carências.
Em resumo, o sistema de logística lean precisa ser como um rio que flui suavemente.
A logística lean é mais eficaz mesmo quando a logística nas empresas é terceirizada. Deve-se buscar gerar estímulos para que o "parceiro logístico" adote o sistema. Claro que, nesse caso, uma das maiores dificuldades é convencer esses terceiros sobre a eficiência das novas práticas, que pode parecer, em princípio, como uma ameaça aos negócios, pois "quanto menores os custos de logística, menor o faturamento do operador logístico".
Mas deve-se buscar convencer o parceiro, mostrando que a logística lean pode não só melhor a eficiência dos processos como também diminuir os custos de ambos os lados.
Com isso, ganham as empresas e seus clientes, que passam a ter menores custos, mais competitividade e mais qualidade. Mas ganha também a sociedade como um todo, que passa a aproveitar melhor a debilitada infra-estrutura logística atual. Como vem acontecendo, comprovadamente, por exemplo, com os cases de Bosch, Volks, Schulz e Stihl.
Artigo originalmente publicado na revista Mundo Logística, n.º22, ano IV, maio e junho de 2011.

domingo, 14 de abril de 2013

A Utilização de Robôs em Atividades Hospitalares

Um modelo de robô denominado TUG, foi projetado para ajudar no trabalho de equipes médicas e de enfermagem, para que estes profissionais se concentrem em atividades mais específicas relacionadas ao atendimento dos pacientes.


Os robôs se deslocam por corredores transportando amostras de sangue, roupas, lixo, alimentos, resultados de exames, medicamentos e outras coisas, liberando o tempo de profissionais em vários setores do hospital, que antes tinham que se deslocar, ou esperar por entregas, muitas vezes demoradas.
As máquinas funcionam 24 horas, 7 dias por semana, para efetuar entregas regulares ou on-demand. Podem ser personalizadas conforme a estrutura de um edifício, armazenando em seu sistema informações sobre a planta do prédio em CAD para funcionar como um mapa.
Um sistema a base de laser ajuda no desvio de obstáculos e pessoas, e dispositivos de comunicação sem fio abrem portas e chamam elevadores. Caso o robô fique preso por não conseguir superar algum obstáculo, ele irá solicitar ajuda verbalmente para algum ser humano que esteja por perto.
Fabricados pela empresa americana Aethon, os robôs já são utilizados em hospitais no EUA. Há um projeto para sua adoção na Europa, através do Danish Technological Institute (DTI) e o hospital dinamarquês Sygehus Sønderjylland foram iniciados testes visando sua introdução em hospitais na Dinamarca.
Referências:
Danish Technological Institute
Robot is being tested at Danish hospital
The European Robotics Coordination Action
Logistics and automation with hospital robots
Singularity Hub
Incredible TUG Robots Automate Delivery in Hospitals por Aaron Saenz

quarta-feira, 27 de março de 2013

O que é logística interna?




A logística é um conceito muito amplo, em poucas palavras, pode ser traduzido pelo fluxo, movimentação ou deslocamento de pessoas, materiais e objetos, ou seja, qualquer fluxo físico e/ou informacional.
A logística interna é a sub-área da logística que engloba todas os fluxos e movimentações físicas e operações de apoio que são realizadas dentro do armazém, da nave fabril ou entreposto.
Existem diversas operações logísticas executadas em um armazém ou fábrica tais como: recepção de material (matéria-prima, embalagens, etc.), armazenagem, expedição de produto acabado, abastecimento de linhas de produção, recolha de produto acabado, paletização, etiquetagem, etc.
Cada vez mais, as empresas procuram a melhoria e a otimização dos processos logísticos internos, de modo a eliminar todas as tarefas que não acrescentam valor agregado ao produto.

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